1970

O primeiro encontro

A 1 de outubro quatro direções sindicais de Lisboa - caixeiros, lanifícios, metalúrgicos e bancários convocaram a primeira reunião da intersindical ainda na clandestinidade. Estiveram presentes 13 sindicatos.

Lusa

1974

Eleição de Francisco Rocha

O primeiro secretário-geral da CGTP Intersindical foi eleito dois dias depois do 25 de abril. Francisco Canais Rocha abandona o cargo meses depois. Explicará mais tarde que foi afastado porque, enquanto membro do PCP na clandestinidade, foi preso e falou sob tortura.

1975

É criado o subsídio de desemprego.

Foi uma das primeiras medidas sociais adotadas pelo Governo provisório.

Novembro de 1975

Greve dos trabalhadores da construção civil

Trabalhadores da construção civil iniciam uma greve e concentram-se em frente ao Parlamento, impedindo os deputados da assembleia constituinte de sair. O cerco foi um dos momentos altos do "verão quente" que terminou dias depois com o golpe de 25 de novembro.

Manuel Moura - Lusa

1977

O fim da unidade sindical

O Congresso de Todos os Sindicatos marcou o fim da unidade sindical defendida pela CGTP, dando origem à criação da UGT.
Armando Teixeira da Silva assume o cargo de coordenador do secretariado que ocupou até 1986. Antes fez parte do Governo provisório de Vasco Gonçalves, como secretário de Estado da Segurança Social. Era operário gráfico.

Lusa

1980

Manisfestações nacionais promovidas pela CGTP

A CGTP promove várias manifestações a nível nacional contra a política da AD (Aliança Democrática) e para contestar o tecto aos aumentos salariais.

Fevereiro de 1982

Greve geral contra o pacote laboral.

1 de maio de 1982

Intervenção policial culmina com 2 mortos

Uma concentração de trabalhadores na véspera do dia do trabalhador suscita uma intervenção policial. Há disparos e dois manifestantes foram mortos. O ministro da Administração Interna era Ângelo Correia.

1983

Luta contra o pacote laboral

Na história oficial da central a luta contra o pacote laboral promovida pela CGTP, que passou pela realização de greves gerais, contribuiu para a queda do Governo AD liderado por Pinto Balsemão.

Luís Vasconcelos - Lusa

1984

Criação do conselho permanente de concertação social

É criado o conselho permanente de concertação social. A CGTP boicota de início o novo órgão por discordar do modelo que dava a todos o mesmo poder no voto, independentemente da representação que tinham.

Inácio Rosa - Lusa

1986

Carvalho da Silva é eleito secretário-geral

Manuel Carvalho da Silva é eleito secretário-geral. Eletricista de profissão, mais tarde licenciou-se em Sociologia. Congresso aprova os novos estatutos da central, tendo sido criado o secretariado do conselho nacional, órgão eleito que passou a assegurar a gestão corrente da CGTP. Os sindicatos presentes representavam então 1,4 milhões de trabalhadores.

1987

CGTP entra no conselho de concertação social

A CGTP aceita entrar no então conselho permanente de concertação social após a primeira maioria absoluta de Cavaco Silva obtida em 1987.

Luís Vasconcelos - Lusa

1988

Greve geral mobiliza 1,7 milhões de trabalhadores

Greve geral contra o pacote laboral promovido pelo 1º Governo maioritário de Cavaco Silva paralisa parte da indústria e transportes. Segundo a CGTP, foi a maior greve geral realizada em Portugal, cobrindo todas as regiões do país e setores. Foi a primeira greve geral com a UGT e mobilizou 1,7 milhões de trabalhadores.

Anos 90

A luta pelas 40 horas de trabalho

A luta pela semana das 40 horas marca o início da década. O projeto foi inicialmente apresentado pelo PCP e apoiado pela CGTP.

1996

A lei da semana das 40 horas é aprovada no Governo de António Guterres

2002

Greve geral contra novo código do trabalho

Em dezembro é promovida uma greve geral contra o pacote laboral com o objetivo de tentar impedir a aprovação do que viria a ser o Código do Trabalho, apresentado pelo Governo PSD/CDS liderado por Durão Barroso.

Tiago Petinga - Lusa

Janeiro de 2003

CGTP fica de fora do acordo para o Código do Trabalho

Novo Código do trabalho foi aprovado com a oposição da CGTP e o acordo dos outros parceiros sociais, incluindo a UGT.

2007

Greve contra a revisão do Código do Trabalho

A 30 de maio a CGTP promove uma greve contra a revisão do Código do Trabalho pelo Governo de José Sócrates.

2010

Manisfestação da função pública

Manifestação nacional da função pública contra o congelamento dos salários e o sistema de avaliação dos trabalhadores do Estado junta 50 mil funcionários públicos.

Novembro de 2010

Greve geral contra os PEC

Greve geral contra as medidas de austeridade dos PEC (Programas de Estabilidade e Crescimento apresentados no segundo Governo de José Sócrates). De acordo com a CGTP, mais de três milhões de trabalhadores paralisaram.

José Sena Goulão - Lusa

Janeiro de 2012

Arménio Carlos eleito secretário geral

A CGTP volta a ficar de fora do acordo para a reforma das leis laborais, promovida pelo Governo PSD/CDS com os parceiros sociais para responder às exigências da troika.

Congresso elege Arménio Carlos secretário geral para substituir Carvalho da Silva que iria atingir idade da reforma se fizesse novo mandado.

27 de junho de 2013

CGTP e UGT juntas em greve geral

Depois de várias greves contra a reforma laboral, a CGTP convoca uma greve geral contra as políticas de austeridade, que desta vez tem a adesão da UGT.

Fevereiro de 2016

Arménio Carlos é reeleito no XIII Congresso da central sindical

Mário Cruz - Lusa

2017

CGTP convoca greve na Autoeuropa

Em agosto um sindicato afecto à CGTP convoca greve na Autoeuropa contra novo horário laboral. Foi a primeira vez que a central sindical entrou no reduto da fábrica da Volkswagen. Até então, a comissão de trabalhadores, dirigida pelo histórico António Chora, tinha liderado as relações com a administração.

Outubro de 2018

Os sindicatos das duas centrais juntaram-se numa greve da Função Pública

Fevereiro de 2020

CGTP renova-se

O XIV Congresso da CGTP, que realiza no Seixal, vai eleger novo secretário-geral e comissão executiva. Haverá uma grande renovação porque muitos dirigentes atingiriam a idade da reforma se fizessem um novo mandato.

Fonte: Site CGTP